03 dezembro 2008

Relatório de visita de observação ao CDE

O CDE (Centros de Desenvolvimento da Expressão) é uma instituição educativa que realiza cursos e oficinas para o público infantil, juvenil e adulto. Orientados por professores e especialistas em arte-educação. No CDE os alunos vivenciam a expressão artística por meio de diferentes técnicas de artes visuais, música e teatro. Existem mais dois Centros de Desenvolvimento da Expressão no Estado: um em Bagé e outro Em Passo Fundo.
O CDE de Porto Alegre se localiza na Av. Ipiranga, 389. Sua infra-estrutura é mantida pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, os funcionários são pagos pela Associação de Amigos do CDE e os materiais pela mensalidade de R$ 30,00 paga por alunos, com exceção de alunos que comprovem carência.
Os cursos são divididos por faixas etárias: crianças de 4 a 7 anos, de 8 a 11 anos, adolescentes de 12 a 16 anos e adultos, geralmente de terceira idade.
As aulas são realizadas duas vezes por semana, das 9h as 11h ou das totalizando 8h de aula semanais.
A visita foi feita no dia 20 de novembro de 2008, pela manhã com a turma da professora Luisa Coutinho, com crianças de 8 a 11 anos. Sua turma tem 12 alunos, mas naquele dia compareceram 6 alunos. Era uma manhã atípica, pois à noite haveria uma exposição dos trabalhos que as crianças vinham desenvolvendo. Então eles estavam finalizando alguns trabalhos ou dando continuidade a outros.
Os materiais para o desenvolvimento de técnicas como desenho, pintura, cerâmica, estavam à disposição das crianças, e elas escolhiam o material e a técnica. Os desenhos são feitos preferencialmente em tamanho grande (A2, A1, A0 ou em pedaços de papel em rolo), mas há outros formatos para alguns trabalhos para histórias em quadrinhos, por exemplo.
São realizadas técnicas e pintura com têmpera guache, nanquim e aguadas. Também há aulas de modelagem em cerâmica, com o ensino da ocagem e polimento, depois as peças vão ao forno.
Há uma exigência de que se finalize 3 trabalhos por ano sendo que o CDE guarda um no acervo.
Como aquele era um dia diferente pelo fato de haver uma exposição à noite, a prof.ª Luisa Coutinho conta que normalmente os trabalhos partem de desenhos livres e a partir destes desenhos os professores/orientadores assessoram os alunos com alguma observação de ordem técnica ou de percepção: um sobreado, se falta algum elemento (dedos, orelhas, em figuras humanas, por exemplo).
O objetivo é não só desenvolver a expressão, mas também a auto estima e, assim, a segurança. E, por conseqüência, outro aspecto desenvolvido pela criança é a criação de outros valores e a diminuição do consumismo, pois ali elas exercitam a paciência e controlam a ansiedade na execução de trabalhos, existe uma expectativa saudável (como se fosse o prazer do "suspense") na construção de um objeto, ao contrário de um produto comprado pronto.

postado por Alexandre Soster

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